Soldado que perseguia ladrões de carro atirou para o alto. Disparo acertou morador na janela de casa
O soldado Neto está preso. A PM diz que a Corregedoria apura o caso. Para o delegado Itagiba Franco, do DHPP (Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa), Neto assumiu o risco de matar ao atirar. Ele foi indiciado por homicídio doloso (com intenção). Na sua primeira versão, dada no 73 DP (Jaçanã), Neto alegou que o tiro foi acidental. No DHPP, porém, ele preferiu não se manifestar. Uma testemunha que viu os disparos foi localizada pela polícia e prestou depoimento ontem.
Edmilson Alves da Silva, cunhado da vítima, diz que Neves morava no 2 andar de um sobrado havia três anos, com a mulher, Cláudia. “Ela está arrasada”, afirmou.
Cerca de uma hora antes de Neves ser atingido, um Vectra foi roubado em Guarulhos. Já perto da Rodovia Fernão Dias, o PM preso e um companheiro de viatura cruzaram com o carro e deram início à perseguição.
Na Rua Borges dos Santos, a cerca de 50 metros da casa de Neves, o ladrão que conduzia o carro perdeu o controle e bateu em um Fiesta estacionado.
Um dos bandidos, identificado como Marcos Vinícius Silva, se rendeu. Ele estava desarmado. O outro correu. O soldado desceu da viatura e disparou.
Vizinhos dizem que Neves costumava falar ao celular próximo à janela porque, às vezes, o sinal falhava dentro de casa. No momento da perseguição, ele falava pelo telefone com a filha. Ao ouvir o primeiro tiro, teria olhado para fora. Foi morto pelo segundo. O ladrão “advertido” pelo tiro fugiu.
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Diário de São Paulo
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