Durante discussão de trânsito..
O policial do 12º BPM (Niterói) Alexandre Fonseca Dias, de 36 anos, que estava de folga no último domingo, foi baleado pelo colega de farda Elias Medeiros Coelho, lotado no 35º BPM (Itaboraí), durante uma discussão de trânsito. O autor do disparo foi preso em flagrante e a vítima permanece internada, mas não corre risco de morte.Segundo a esposa do policial do 12º BPM (Niterói), Nívea Angélica Medeiros, 28, a família voltava de um clube em Outeiro das Pedras, Itaboraí, quando o policial Fredson do Nascimento Pereira, do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE), que também estava à paisana, acusou Nívea de ter batido em seu carro. Houve discussão e foi preciso pedir apoio de uma patrulha PM.
Quando o carro do 35ª BPM (Itaboraí) chegou ao local da colisão, no bairro Santo Expedito, por volta das 19h, os policiais não conseguiram conter os ânimos dos envolvidos. Segundo os PMs, Nívea estava bastante alterada e teria ofendido os militares. Ela acusa o policial Elias Medeiros de ter dado uma coronhada em sua boca, que estava inchada. Ao ver a agressão, o marido de Nívea saiu em defesa da mulher e acabou atingido por um disparo de pistola no peito. “Houve um bate-boca, mas meu esposo estava conversando numa boa. Ele disse para o Elias que era colega de farda e não queria confusão, pois estávamos com os dois filhos dele, de 15 e 12 anos, e a nossa filha de cinco. Poderíamos resolver tudo de maneira pacífica, mas ele não quis”, disse Nívea.
De acordo com a esposa de Alexandre, essa não foi a primeira vez que o marido acabou baleado no peito. Em 2007, quando o policial ainda era lotado no 16º BPM (Olaria), ele foi atingido por um tiro de fuzil durante operação no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio. Depois do incidente de domingo, Nívea foi para a porta do batalhão de Itaboraí cobrar por Justiça. “É um absurdo que isso aconteça. Meu marido é um homem trabalhador e se fosse baleado por um bandido, eu até entenderia, mas por um amigo da mesma profissão é inaceitável”, gritava Nívea.
O comandante do 35º BPM (Itaboraí), tenente-coronel Carlos Mendes de Oliveira, avaliou a conduta do subordinado como imatura. “A função dele era apaziguar a situação e não se envolver na ocorrência. A princípio sempre oriento meus soldados a usarem spray de pimenta nessas situações, mas como estava acontecendo um motim para manifestações do transporte alternativo, a equipe saiu do quartel sem o spray. Acredito que ele não tenha tido a intenção de atirar, porém, vamos fazer uma averiguação sumária e abrir um processo administrativo”, disse o comandante.
Na 71ª DP (Itaboraí), onde o caso foi registrado, Elias disse que atirou em legítima defesa. Ele foi autuado por tentativa de homicídio. Alexandre foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, antes de ser transferido para o Hospital da Polícia Militar. Segundo os médicos, ele passa bem.

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