Policial acusado de triplo homicídio se entrega à Corregedoria da PM
O policial militar Felipe Quadros, acusado do triplo homicídio que chocou Boa Vista na manhã de segunda-feira (9), se entregou ainda no período da noite à Corregedoria da Polícia Militar. Ele ficou foragido por 12 horas, após matar dois homens e uma mulher com tiros à queima roupa. Suriname Bastos, namorada de Quadros, também foi presa por ajudar a esconder o policial homicida.
Hoje pela manhã, a Polícia Civil concedeu entrevista coletiva oferecendo mais detalhes sobre o bárbaro crime de ontem. A delegada Elisa Mendonça, responsável pelo caso, disse que o triplo homicídio cometido pelo policial foi premeditado. Segundo a delegada, o acusado do demonstrou muita frieza.
“Ele é uma pessoa que se mostrou muito fria durante todo o seu interrogatório. Ele falou de forma comedida, bem calma, bem tranquila. Com relação à morte do empresário ele disse que não iria se manifestar, muito embora nós [da polícia] tenhamos obtido ‘uns informes’ segundo os quais ele teria dito que, já que havia acabado com a sua vida, iria acertar todas as contas que ele tinha pendente”, comentou a delegada Elisa Mendonça.
Ainda conforme a delegada, Felipe Quadros teria dito que matou porque ela estaria dando apoio à sua ex-namorada. “Ele estava procurando a ex-namorada para mata-la. Então, ele matou a amiga da ex-namorada [Jannyele Filgueira] e o pai dela [Eliézio Oliveira] porque acreditava que eles davam apoio à sua ex-namorada. Ele foi lá com o objetivo de cometer o crime, pois acreditava que sua ex-namorada estava na casa”, disse a delegada.
Saiba mais sobre o caso
Era por volta das 06h50, quando a fisioterapeuta Jannyele Filgueira, 28 anos, saía de casa, no bairro Pricumã, para ir trabalhar em seu veículo Fiat Pálio, de cor cinza. Quando saiu no portão, de ré, foi surpreendida pela chegada do carro de Felipe Quadros, que jogou seu veículo contra o dela, provocando uma forte colisão lateral do lado do motorista. O carro do policial estava parado na esquina aguardando que ela saísse de casa, o que dá à polícia a quase certeza de que ele havia premeditado o crime.
Ao ouvir o barulho da colisão, o pai de Jannyele Filgueira, Eliézio Oliveira, de 50 anos, saiu na calçada e foi em direção ao carro do policial. Ao se aproximar da porta do veículo, Felipe Quadros começou a efetuar disparos e saiu do carro tirando, acertando mais três tiros da cabeça da vítima. Ato contínuo, o policial se dirigiu ao carro da fisioterapeuta e desferiu dois tiros na cabeça dela. Depois, ainda entrou na residência procurando por mais pessoas e supostamente por sua ex-namorada para mata-la, mas não encontrou ninguém.
Em seguida, aparentando tranquilidade, Felipe Quadros entrou em se carro e se deslocou até a Rua Ruth Pinheiro, no bairro Caimbé, onde fica a do proprietário da locadora de veículos Locamil, Ernane Rodrigues, 47 anos. Ele chegou ao local chamando pelo filho do empresário. No entanto, quem veio até o portão e o abriu foi Ernani, que acabou sendo alvejado com um tiro frontal e outros cinco tiros nas costas.
Ao todo, Felipe Quadros disparou 14 no local, segundo os agentes da Delegacia Geral de Homicídios (DGH). O vizinho, conhecido como “Hulk”, presenciou toda a cena do homicídio e começou a gritar por socorro. Foi quando Quadros se virou e disparou contra ele, acertando dois tiros no abdômen. “Hulk” foi levado para o hospital e submetido a procedimento cirúrgico.
Segundo colegas de corporação de Felipe Quadros, ele tinha um comportamento problemático. Foram várias as vezes em que ele saiu do seu plantão na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo e não entregou a arma de trabalho. Testemunhas ainda o acusam de ter ameaçado pessoas em público em outras ocasiõeS.
Ainda não entendi por que esse assassino de extrema periculosidade ainda não foi transferido para o presídio do Estado!
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