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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Seis policiais militares são suspeitos de participar

De chacina em Aparecida de Goiânia


Obs.: Antes de mais nada gostaria de pedir perdão às pessoas que me acompanham pela internet por publicar a foto que ilustra esta reportagem. Essa foto mostra cinco das seis vítimas da chacina do Jardim Olímpico, inclusive a criança de quatro anos que foi executada com um tiro na cabeça. Minha intenção ao publicar a foto foi a de provocar uma reflexão sobre a maldade humana.

Devem ser periciados nos próximos dias todos os computadores, celulares, armas e pen drives apreendidos nas casas dos seis policiais militares suspeitos de participar da chacina do Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia. Os delegados que trabalham na investigação acreditam que vão encontrar informação, através da perícia, que possam ajudar a comprovar o envolvimento dos PM’s na chacina. “Numa investigação dessa nenhum detalhe pode passar em branco, temos que investigar tudo. Pode ser que nos computadores e celulares a perícia encontro alguma informação que ligue os policiais à chacina e outros crimes”, afirma o delegado Hellyton Carvalho, um dos doze delegados que participou da investigação.

Duas pistolas também foram apreendidas durante a Operação Isadora, uma delas de uso particular do Cabo Figueiredo, suspeito de participar da chacina. No total foram cumpridos pela Polícia Civil onze mandados de busca e apreensão na casa de seis policiais militares, em uma oficina mecânica, num lavajato e em uma empresa de comunicação visual que pertence a um dos militares.

Tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça o 2º Sargento Divino Romez Diniz, o Cabo Ademá Figueiredo Aguiar Filho e o soldado Ozires Fernando de Melo. Outros três PMs estão sendo investigados como suspeitos. São eles: subtenente Fritz Agapito Figueiredo, o 1º sargento Djalma Gomes da Silva e o soldado Alessandro Rosa dos Santos. Quase todos já respondem a processos por tortura, lesão corporal e homicídios, mas continuavam trabalhando nas ruas normalmente.

Os seis policiais militares, segundo a Polícia Civil, teriam participado da chacina que aconteceu no dia 20 de novembro de 2011 na Rua X-050 Qd.57 Lt.11, no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia. Nesse crime foram executados Edivone Cândida de Bastos, de 47 anos; Stherfane Cândida de Bastos Reciol, de 26 anos e Ludmilla Cândida Alves, 25 anos, ambas filhas de Edivone. Foram mortos também Raunandes Teles, amásio de Stherfane e Luciano Lopes dos Santos, namorado de Ludmila. A filha de Ludmilla, Isadora Monique, de quatro anos também foi morta com um tiro de pistola na cabeça.

De acordo com o delegado Hellyton Carvalho são várias as hipóteses para a chacina. “Pode ter sido por causa do envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas; uma causa pacional, já que um dos policiais seria amásio da Ludmilla e estaria enciumado porque ela estava namorando o Luciano. Tem ainda a hipótese de vingança, e essa é a mais provável, de que Luciano teria participado da morte de um sobrinho de um dos PMs investigado por nós”.

A delegada Adriana Ribeiro, titular da Delegacia de Homicídios, acredita que a menina Isadora Monique tenha sido executada porque teria testemunhado a morte da mãe, da tia, da avó e das outras vítimas. “Foi muita maldade. Deram um tiro na cabeça da criança. A bala entrou na numa e saiu próximo a boca. Ela morreu, provavelmente tentando proteger a mãe”, afirma a delegada, admitindo que a morte da criança motivou ainda mais a equipe formada por doze delegados e quarenta investigadores da Polícia Civil.

Seis cápsulas encontradas no local do crime são de pistola ponto 40 e segundo a CBC foram vendidas para a Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Para a delegada Adriana Ribeiro isso reforça ainda mais a suspeita do envolvimento de policiais militares no caso.
Fonte: oloares ferreira





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