Coritiba
publicado em 15/12/2009 às 22h16:
Perde 30 mandos de campo...
Time também sofre multa de R$ 610 mil em julgamento no STJD
Do R7, com informações da Gazeta Press
DANIEL CASTELLANO/AGÊNCIA DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO/AE
Devido à invasão do gramado do estádio Couto Pereira por parte de torcedores e violência contra a polícia no jogo que rebaixou o Coritiba para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, contra o Fluminense, em 6 de dezembro, o clube paranaense perdeu nesta terça-feira (15) os próximos 30 mandos de campo em competições oficiais da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), além de ter sido multado em R$ 610 mil pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).Relembre as cenas de violência no Couto
Policial atira objeto contra torcedores, que respondem na mesma medida durante a briga que causou punição
O tribunal decidiu que o clube teve responsabilidade nas cenas de vandalismo de centenas de torcedores que invadiram o gramado e duelaram com a polícia, em confronto que deixou até um policial desacordado.
Com a punição, o Coritiba jogará toda a Série B do Brasileirão 2010 fora do estádio Couto Pereira, palco das cenas que chocaram o país. O time teria direito a 19 jogos dentro de casa na competição. A equipe também pode "pagar" a sentença na Copa do Brasil, mas, mesmo se chegar à decisão, o time só descontará seis partidas da pena. Ou seja, mesmo nesse cenário, ainda sobrarão cinco jogos para serem cumpridos em 2011.
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A apreciação começou com o time carioca, que foi denunciado no artigo 215 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por ter se atrasado para entrar em campo. O clube tentou apresentar um vídeo para provar que a fumaça da torcida impediu a entrada dos jogadores, mas a parte apresentada não mostrou o momento exato. O relator votou no sentido de multar o Tricolor em R$14 mil foi acompanhado pelos demais auditores.
Os advogados do Coxa tentaram pela última vez o adiamento do julgamento alegando que desejavam esperar a finalização das investigações na área criminal. O pedido, no entanto, foi indeferido. Um longo relatório foi lido, baseado na súmula do arbitro Leandro Vuaden, relatando todos os acontecimentos ao término da partida, quando torcedores invadiram o gramado, entraram em confronto com a Polícia Militar e depredaram o estádio.
A principal denúncia foi no artigo 213, ou seja, deixar de tomar medidas capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto. O processo neste caso foi, de forma inédita, desmembrado em três partes: invasão, arremessos de objetos no gramado e tumulto. Antes da sentença, fotos dos destroços e das condições do local foram mostradas, além de imagens de jogadores do Flu e funcionários sendo atacados em campo. Em contrapartida, a defesa, através de vídeos, tentou mostrar que o policiamento foi suficiente e que a confusão foi premeditada por uma torcida organizada.
O advogado José Mauro Couto Filho, responsável pela defesa do Coritiba, ainda tentou anexar alguns documentos, mas o pedido também foi indeferido, já que faltavam assinaturas. Um DVD que seria utilizado como prova não funcionou e não foi visto. Em relação às condições do Couto, Reginaldo Cordeiro, responsável pelas vistorias dos estádios da Federação Paranaense de Futebol, confirmou que estava tudo certo. Já o Coronel Costa, da Polícia Militar, explicou a tática utilizada e revelou ter contido uma invasão da torcida carioca, além de uma preocupação prévia sobre uma possível baderna.
Deixando a conduta dos torcedores para a justiça comum, a procuradoria deixou claro que a decisão seria baseada na falta de providências do clube para garantir a segurança no estádio, e que uma punição era inevitável. Com base nas mais de três horas de depoimentos e apresentação de provas, ficou determinada por unanimidade a pena máxima de perda de dez mandos e multa de R$ 200 mil para cada uma das três denúncias.
No artigo 211, ou seja, deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia, a multa estipulada foi de R$ 10 mil. Já no artigo 233, deixar de cumprir obrigação legal por fato ligado ao desporto, o clube foi absolvido.
O funcionário do Coxa Osvaldo Dietrich, que atuou como segurança e foi flagrado tentando impedir torcedores de invadir, também foi julgado e pegou pena de 720 dias suspenso de suas funções.













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