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sexta-feira, 2 de março de 2018
Delegada perde cargo após prender vendedoras de loja.
Gabriel Serafim
Publicado em 12 de fev de 2010
Olá. Saiu neste dia 16/03/2012, mais de dois anos depois, a exoneração da agora ex-delegada.
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A delegada Maria de Fátima Oliveira, envolvida em polêmica depois de prender quatro atendentes de loja que se recusaram a trocar um short da filha dela, foi afastada do cargo na tarde desta sexta-feira (12). A decisão foi anunciada pelo secretário Estadual de Segurança Pública, Rodney Rocha Miranda. O afastamento é preventivo e, inicialmente, tem prazo de 30 dias. O Conselho Estadual dos Direitos Humanos (CEDH) promete acionar o Conselho Estadual de Ética para que interfira na invertigação do fato.
Em entrevista coletiva, o secretário Rodney Miranda prometeu uma "apuração rigorosa" sobre o caso. "Vamos oficiar o Ministério Público, o Conselho de Ética e também a OAB para que, caso queiram, encaminhem representantes para acompanhar essa investigação da Corregedoria", afirmou o secretário.
O presidente estadual do Conselho de Direitos Humanos, Bruno Toledo, prometeu cobrar que o Conselho Estadual de Ética acompanhe a investigação. "Comportamentos como o da delegada precisam ter resposta imediata e dura do governo e uma reação na mesma proporção da sociedade. Não podemos naturalizar comportamentos como esses. O Estado Brasileiro é historicamente autoritário. Queremos que a investigação seja independente", afirmou.
De acordo com as atendentes, a peça de roupa levada pela delegada para troca não atendia aos quesitos necessários. Estava sem etiqueta e nota fiscal. Além disso, já havia vencido o prazo máximo previsto para a troca, que é de 30 dias. O short havia sido comprado há pelo menos dois meses. Depois de discutir com uma atendente e com a supervisora dela, a delegada teria dado voz de prisão.
Com a chegada dos policiais, outras duas atendentes foram detidas. Uma delas por tentar fugir. As quatro foram levadas para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha e, 30 minutos depois, transferidas para o Presídio Feminino de Tucum, em Cariacica, onde passaram a noite presas. A fiança estipulada foi de R$ 5 mil. Foram 12 horas de encarceramento até que fossem libertadas na manhã desta sexta-feira (12).
"A gente foi colocada na cela sem cama, sem roupa de cama, sem um copo para tomar água... As presas não queriam deixar a gente entrar porque estava superlotado. Foi surreal. Eu fui presa porque pedi cinco minutos para ligar para o advogado. Fui indiciada por resistência à prisão e desobediência", contou a supervisora Diane Ruchdeschel, pouco depois de deixar a prisão.
A delegada não foi localizada para contar a aversão dela. O titular do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha, Mário Brocco, superior imediato da delegada Maria de Fátima Oliveira, contou que a delegada se sentiu desacatada por uma frase dita por uma das atendentes. Maria de Fátima teria precisado de uma caneta para anotar o nome delas para formalizar uma reclamação.
"Ela teria falado: 'que delegada de araque é essa que não tem caneta?' A delegada ficou constrangida, desacatada e falou que entraria em contato com o DPJ para fazer a ocorrência. As funcionárias falaram que teria que trazer várias algemas, porque teria que prender todo mundo. Já para estipular a fiança, a delegada usou como parâmetro o salário que cada uma delas ganha", explicou o delegado.
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