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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Pezao; Exoneração De Comandante Da PM é Decisão De Beltrame.

16/09/2014 às 13h35

Pezão: "Exoneração de comandante da PM é decisão de Beltrame"

Por Renata Batista | Valor
RIO  -  Pressionado a dar respostas na área de segurança pública, o governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão defendeu nesta terça-feira, em entrevista ao RJ TV, telejornal da TV Globo, a redução da maioridade penal. Pezão não se comprometeu, porém, com a exoneração do comandante geral da Polícia Militar, coronel José Luís Castro Menezes, que teve um dos principais auxiliares, o comandante de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle, preso em uma operação que prendeu 23 policiais acusados de corrupção. 
“Nesses sete anos de governo quem determina quem tem que punir é o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Esse foi o segredo do sucesso que tivemos na área de segurança”, disse o governador que, pressionado a dizer se pediria a exoneração, acrescentou: “De maneira nenhuma. Ele (Beltrame) que sabe se tem envolvimento. É gravíssimo. Mas a investigação partiu do nosso governo. É a nossa Corregedoria cortando na própria carne.”
A prisão da quadrilha, supostamente chefiada pelo coronel Fontenelle, e o assalto ao arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, ocorrido na noite desta segunda-feira, foram os principais assuntos da entrevista do governador, a primeira da série com os candidatos no RJ TV. Dos 12 minutos de entrevista com Pezão, seis foram dedicados à questão da segurança.
Perguntado sobre o crescimento das milícias e sobre a ausência de qualquer referência sobre o combate às forças paralelas em seu programa de governo, Pezão disse que para isso precisa do apoio da Polícia Federal, mas garantiu que existem avanços. 
“Assinamos, há um mês, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Precisamos de dados financeiros. Já ocupamos o Batan [única comunidade dominada por milicianos ocupada por uma UPP-Unidade de Polícia Pacificadora]. Não é como combater o tráfico. Estamos combatendo um agente que foi treinado pelo governo”, disse, acrescentando que todos os chefes de milícias listados pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa que investigou essas forças paralelas na capital foram presos.
Sobre o aumento nos índices de criminalidade, Pezão ressaltou que muitos delitos são cometidos por menores de idade. “Em agosto foi o maior índice de prisões que fizemos, mas mais de 60% dessas prisões são de menores. Temos que rever o Código Penal. O bandido já sai junto com o policial que entrou na delegacia. Tem garoto, na Central , que já prendemos oito vezes”, afirmou.

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