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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Policiais federais vendiam informações

  Sigilosas de inquérito e quadrilha extorquia vítimas.


  

Foram presas, nesta segunda-feira (26/11), trinta e três pessoas de duas supostas organizações criminosas acusadas de vender informações sigilosas e de cometer crime contra o sistema financeiro. Entre as vítimas identificadas há políticos, desembargadores, uma emissora de televisão e um banco.

O inquérito policial teve início em setembro de 2009 com a investigação do suicídio de um policial federal na cidade de Campinas, que apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos, suspeitos de envolvimento em fraudes.

Segundo a polícia, no decorrer do inquérito, foram identificadas duas organizações criminosas atuando em paralelo e de modo independente. As duas tinham como elo uma pessoa investigada, que atuava com os dois grupos criminosos.

Segundo as evidências trazidas ao inquérito, diz a nota, foi descoberta uma grande rede de espionagem ilegal, composta por vendedores de informações sigilosas e por seus fornecedores, pessoas com acesso aos bancos de dados sigilosos, como funcionários de empresas de telefonia, bancos e servidores públicos, dentre eles muitos policiais federais, além de alguns civis e militares.

Há suspeita de que esses grupos devassaram, ilegalmente, o sigilo bancário, fiscal e telefônico de milhares de vítimas. Comprovadamente, 180 vítimas foram alvo desses grupos”, disse em entrevista coletiva, o superintendente em São Paulo, Roberto Troncon, que deu detalhes sobre o esquema investigado: “Um grupo era especializado na espionagem ilegal da vida privada e usava reiteradamente a violação de sigilos fiscal, telefônico, bancário e até mesmo consulta de banco de dados criminais protegidos. .

Entre os investigados está o advogado criminalista M. P. D. N., presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

De acordo com nota publicada pela FPF, a polícia uma busca na residência de M. P. D. N. em busca de documentos relacionados ao seu escritório de advocacia. O advogado prestou depoimento regulamentar, sendo liberado em seguida. O teor do depoimento segue em sigilo de Justiça.

Cerca de 400 policiais participam da operação para o cumprimento de 33 mandados de prisão, 34 mandados de coerção coercitiva e 87 mandados de busca e apreensão. Sessenta e sete pessoas serão indiciadas.

Os investigados responderão, na medida de suas ações, pelos crimes de divulgação de segredo, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, realizar interceptação telefônica clandestina, quebra de sigilo bancário, formação de quadrilha, realização de atividade de câmbio sem autorização do Banco Central do Brasil, evasão de divisa e lavagem de dinheiro, com penas de um a 12 anos de prisão.

A Polícia batizou a ação de Operação Durkheim.

Na lista de vítimas, estão políticos, desembargadores, uma emissora de televisão e um banco.

De acordo com ele, 73 pessoas foram indiciadas até o momento. O delegado informou que a organização pode ter movimentado entre R$ 4 milhões a R$ 5 milhões por mês. Não há recursos públicos. “Esse número ainda está sendo buscado, mas é um número milionário que pode chegar a R$ 30 milhões em 2012”, disse Baida Filho. Com informações da Agência Brasil.

Última atualização em Seg, 26 de Novembro de 2012 20:25  Newer:




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