Páginas

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Operação comandada pela PM no Edifício


Maletta gera protestos nas redes sociais....


Uma operação coordenada pela Polícia Militar (PM), na noite de sexta-feira (9), no Edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte, está sendo alvo de críticas nas redes sociais. Parte dos usuários relata ter presenciado cenas de abuso e truculência durante a ação.
Cerca de 50 militares teriam entrado no prédio por volta de 22:30 e bloqueando o único acesso pela avenida Augusto de Lima. Centenas de pessoas ocupavam os mais de 10 bares e restaurantes que ainda estavam abertos no local. Segundo os relatos feitos no Facebook, todos que saíram do edifício, a partir de então, foram revistados.
Vídeos disponibilizados no YouTube neste sábado mostram os policiais na entrada do prédio logo no início da operação. Eles usaram cães farejadores para buscar por drogas no local e concentraram os trabalhos no segundo andar do Maletta.



A ação teria sido organizada após denúncias feitas por moradores incomodados com um suposto esquema de tráfico no edifício. Diante da falta de informações sobre a operação e discordando da agressividade nas abordagens, frequentadores dos bares e restaurantes começaram a gravar a movimentação com aparelhos celulares. Neste momento, alguns militares teriam se irritado e mandaram que todos parassem de filmar

No Facebook, pessoas que estavam no local narram que, a partir desse momento, aconteceu uma sequência de ações abusivas.
 Aqueles frequentadores que se negaram a desligar os celulares, tiveram os aparelhos apreendidos. Outros chegaram a ser detidos. “O número de pessoas que desejavam sair do edifício Maletta crescia e, devido à revista policial individual, uma aglomeração começou a se formar.

 Às onze e meia da noite, nós pagamos nossa conta e nos encaminhamos para a saída. Passamos pela revista policial, mas havia tanta gente que ficamos aglomerados na estreita rampa do acesso.

 Neste momento, vimos uma policial imobilizando uma mulher morena de vestido branco.
 Havia um rapaz encima do parapeito filmando tudo. Escutamos que ela estava sendo levada por não ter cumprido a ordem de parar de filmar. As pessoas foram ficando nervosas e muitas mulheres choravam”, escreveu Rafael Silva em uma nota sobre a operação.
 Em outro relato feito na rede social, André Veloso conta que além dos militares, também estavam no local 20 comissários do Juizado da Infância e da Juventude, cerca de 10 membros da vigilância sanitária e mais uma quantidade igual de fiscais da prefeitura. “Apesar desse tanto de pessoas, nenhum, eu repito: nenhum agente envolvido se dignou a prestar informação a respeito do que estava acontecendo. Quando indagados muitos responderam com truculência: ‘Não é da sua conta’. A notória falta de preparo e de diálogo de um poder militar/público que se julga acima de qualquer questionamento e age de forma truculenta só poderia, obviamente, resultar em confusão.
 Em determinado momento, no andar de cima do Maletta, a grade foi fechada e ninguém podia sair ou entrar, sem saber porque motivo”, conta André em seu perfil no Facebook. A reportagem do Bhaz procurou a assessoria de imprensa da PM para saber a posição da corporação a respeito das denúncias, mas, até o momento, o militar responsável pela operação não foi encontrado para falar sobre o fato. Cinco pessoas foram detidas durante a ação, sendo que duas delas por desacato.

 Ainda segundo a corporação, as outras três estariam com uma porção de maconha e foram encaminhadas à delegacia por porte e tráfico de drogas. Foto: Reprodução/Hernani Guimarães 



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário